Nascido em São Paulo, em 1961, Vik Muniz passou a residir em Nova York em 1983 e hoje vive entre a cidade norte-americana e o Rio de Janeiro.
O artista iniciou a carreira como escultor e apresentou sua primeira mostra individual em 1988, em Nova York. Começou, então, a fazer objetos e desenhos construídos justamente com o intuito de serem fotografados. A ilusão fotográfica e a complexa relação da fotografia com o mundo real passaram a ser sua fonte essencial de inspiração. Hoje, o desenho é o elemento-chave de sua produção criativa, mas a forma final para todas as ideias é a fotografia.
Em 1998, realizou a primeira exposição em um museu importante dos EUA, o International Center of Photography – ICP/NY, com o título “Seeing is believing”. Essa mostra angariou imediatamente o interesse da crítica do país, gerando o primeiro catálogo-livro sobre sua obra.
Seu trabalho tem sido extensamente exposto na América, Europa e Ásia. Representou o Brasil na Bienal de Veneza, em 2001; participou das Bienais de São Paulo e Moscou, e é o único brasileiro que já realizou uma exposição individual no Whitney Museum de Nova York. Ao longo de vinte e cinco anos de trajetória, sedimentou-se como um dos expoentes da cena contemporânea, realizando exposições em conceituados museus e instituições em todo o mundo.
Hoje, sua obra encontra-se em acervos notáveis, como os do Museu de Arte Moderna de Nova York; a Tate Gallery, em Londres; o Centro Georges Pompidou, em Paris; The Menil Collection, Houston; o Metropolitan Museum of Art, NY; The Victoria and Albert Museum, Londres; MoCA, San Diego; Centre National de la Photographie, Paris; Fondation Cartier pour L’Art Contemporain, Paris; The Arts Institute of Chicago e muitos outros.
No Brasil, apresentou mostras individuais em instituições renomadas, como o Masp – Museu de Arte de São Paulo; Paço Imperial, Rio de Janeiro; MAM – Museu de Arte Moderna de São Paulo e MAM – Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, onde realizou a primeira retrospectiva de grande porte no país, em 2009.
Convidado com frequência a atuar como curador e palestrante, o artista já deu conferências em tradicionais universidades americanas, como as de Nova York, Harvard e Stanford, e em várias instituições mundiais e brasileiras, demonstrando erudição e aguçado domínio de suas próprias questões.
Consolidou sua carreira com a série de imagens Crianças de açúcar (1996), retomando o boom da mídia mundial com as fotografias intituladas Imagens do lixo, em 2008. Sobre essa última, foi rodado o filme Lixo extraordinário, que concorreu ao Oscar de melhor documentário. Nesse trabalho, Vik Muniz explicita o processo que o levou às fotografias feitas a partir de refugos urbanos e seu interesse nas questões ecológicas, como os grandes aterros de lixo das metrópoles.
Em 2009, a Editora Capivara (Rio de Janeiro) publicou o primeiro catalogue raisonné do conjunto da obra até aquela data. O volume, com 710 páginas, tem a importância de dar ao leitor um panorama da produção do artista, além de ter sido o primeiro catálogo dessa natureza dedicado a um artista brasileiro em todos os tempos.
Recentemente, Vik Muniz foi convidado a fazer uma instalação permanente na nova estação da expansão do metrô de Nova York.